Como conciliar carreira ou trabalho ou o dia a dia e a maternidade?

Estava eu fazendo algumas leituras para poder escrever alguma coisa sobre como as mães conseguem conciliar a carreira, ou trabalho ou até mesmo o dia a dia delas e a maternidade e cheguei a conclusão que seria impossível eu escrever e fazer qualquer homenagem sem que eu perguntasse diretamente para elas.

A ideia então foi de pedir um pequeno depoimento para postar na página do facebook – RH Paulo Moreno e veja abaixo o que cada uma delas disseram: (ordem de chegada)

E posso dizer…Que delícia de post! Para todas as mães do mundo – O MELHOR DIA DAS MÃES PRA VOCÊS!

Confiram:

Mãe: Fabiana Padilha – São Paulo

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Onde todas essas horas do dia estavam escondidas?

Antes de ter minha filha parecia que as 8,12 e até 15 horas de trabalho eram poucas e não eram suficientes para realizar todos os projetos da vida profissional. Lembro-me de me queixar de sono, estar cansada e dizer no final do dia que não deu tempo de terminar isso ou aquilo.

Todo mundo diz que com o nascimento de um filho nasce também uma mãe, mas as pessoas esquecem de dizer que nasce uma nova profissional. Uma profissional que terá que se dedicar ao trabalho ainda mais pois as despesas de casa aumentaram e não pode correr o risco da renda cair.

E como como conciliar, pois você terá que sair no meio do trabalho porque sua filha quebrou o braço na escola, porque está com febre, se atrasar porque ela não quer colocar o uniforme da escola e, você preocupada com aquela reunião que irá começar em instantes…no final do dia correr para pegar na escola, chega em casa banho, jantar, brincar e dormir…a mãe? Não claro, somente a criança, pois a mãe ainda tem aqueles e-mails do trabalho para responder.

Acho que a resposta de onde estavam essas horas ” a mais” e como conseguimos conciliar mãe e profissional, além de um belo planejamento minucioso de tudo que temos para fazer durante o dia, é o amor, o amor incondicional e a satisfação de dever cumprido no final do dia.

Mãe: Renata Franco – Rio de Janeiro

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Interessante quando olhamos estas duas palavras e muitas vezes as entendemos como antagônicas. Se eu pudesse resumir em duas as certezas que tinha na vida, diria que a primeira é a de que seria mãe; a segunda, de que minha carreira sempre foi importante e nunca a deixaria de lado. Fácil? Não. Muitas vezes senti medo, insegurança e me vi pensando naquelas velhas questões: “será que escolhi o momento certo?”, “será que consigo dar conta de ser mãe, esposa, profissional?”. Fato é que a maternidade, ao menos pra mim, não foi simples. Foram duros meses de adaptação e muito aprendizado. Assim como o término da licença e o retorno ao trabalho também não são simples. É difícil olhar pra trás e “deixa-los”. Mas se posso te contar uma coisa – só promete não espalhar -, eu e ele somos muito mais felizes assim. Eu, por ter aprendido a olhar a vida com outros olhos e dar peso e importância às coisas que realmente precisam ser valorizadas. Ele por ter tido a oportunidade de se tornar “livre”, conhecer outros colos, começar a ganhar o mundo. E não tem nada melhor do que chegar em casa, depois de um longo dia de trabalho, e ser recebida por um sorriso assim, daquele que te faz ganhar o dia. Hoje posso dizer que sou completa.

Mãe: Danielle Beltrão – Luxemburgo (ITA)

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Desde que me tornei mãe, meu trabalho passou a ter muito mais sentido pra mim: as longas horas no escritório, as viagens, à dedicação constante e às vezes exagerada. Eu agora tenho um propósito maior, que rege todas as minhas escolhas e que me faz pensar na minha carreira como algo importante para me ajudar a dar o melhor para as minhas filhas. Progredir na carreira é importante, mas hoje não penso mais em chegar “ao topo”, quero ter um bom trabalho sim, ter sucesso, mas, acima de tudo, quero tentar equilibrar a vida pessoal e profissional para dedicar mais tempo ao que mais importa: elas! Chegar em casa depois de um dia de trabalho e ser recebida com um abraço cheio de amor não tem preço! Para mim Vale infinitamente mais do que qualquer coisa que o trabalho isoladamente poderia dar!! Feliz dia das mães a todas nós equilibristas que não queremos deixar nenhum prato cair!!!

Mãe: Arlete Andrade – São Paulo

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No começo não é fácil, passamos por várias mudanças naturais que a própria maternidade trás. Organização, mesmo sendo desorganizada. Somos obrigadas a se organizar por questão de sobrevivência e paciência. Aprendemos a lidar com personalidades diferentes da nossa, trabalhar em equipe e ter ajuda do companheiro e da família é fundamental. Atribuir ou delegar tarefas, como por exemplo levar a criança no pediatra, buscar na escolinha, ir ao mercado.

A maternidade me tornou uma profissional mais completa. Descobrimos que somos mais capazes do que pensamos.

Meu dia a dia se tornou mais dinâmico, despertou habilidades que nem tinha dado conta que possuía.

Mãe: Sheila Viana – Campinas

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Conciliar trabalho com dia a dia e a maternidade não é lá uma das tarefas mais fáceis, porém é com certeza a que dá mais prazer .

Comecei á trabalhar desde cedo, e quando veio a maternidade ,veio também um turbilhão de tarefas. Mas parei e me organizei, para poder me aprimorar cada vez mais no meu trabalho e para dar qualidade aos momentos com meus filhos.

Deu certo, eles estão ai lindos Leonardo e Eduardo, e eu continuo trabalhando ,pois ainda não alcancei meu objetivo.

Mãe: Cintia Figueroa – Curitiba

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Trabalhar é uma necessidade, maternidade é uma bênção. Conciliar as duas coisas é fácil quando se tem um lar para voltar e quando se tem alguém que depende de você para viver e retribui todo esforço com um largo e sincero sorriso.

Mãe: Maria Gesilda Santana Novaes – Dona Gê! – São Paulo

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A maternidade é a melhor coisa que pode acontecer na vida de uma mulher que deseja ser mãe. Eu tive a felicidade de ficar 17 anos em casa cuidando dos meus filhos, embora trabalhando informalmente como vendedora de roupas e cuidando da casa. Quando não tinha com quem deixa-los levava comigo. Foi barra. Mas, com o crescimento das duas mais velhas, já colaboravam me ajudando a cuidar dos menores.

Apesar de algumas dificuldades, o prazer de poder cuidar participando do crescimento deles, ensinando e aprendendo, dando e recebendo amor, supera toda e qualquer dificuldade. Tenho quatro filhos que nasceram no espaço de um ano e meio a dois anos de um para o outro, então foi uma jornada dura, mas muito prazerosa. Hoje me sinto plena, por ver que nada foi em vão, juntos eu e meu marido conseguimos passar valores que eles absorveram, e com certeza vão carregar para sempre. Tudo o que queríamos era o que eles são hoje. Pessoas felizes e amáveis, bem resolvidas e acima de tudo, de um caráter impar. Sou suspeita, mas costumo dizer que tenho quatro joias raras onde denomino “um diamante e três pérolas”. Amo-os incondicionalmente. Sei que pequei muitas vezes, por inexperiência e até mesmo por desconhecer certos critérios, mas sou muito feliz por ter sido escolhida por Deus para cuidar e amar estas pessoinhas maravilhosas….Meus filhos!!!!!!!

Mãe: Anne Hamon – São Paulo

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Como foi e como é conciliar carreira com ser mãe…uma boa pergunta.

A possibilidade de deixar de trabalhar nunca foi uma opção para mim por varias razões: primeiramente sempre acreditei e continuo acreditando no valor do trabalho e em ter projetos próprios que me façam evoluir. Minha estrutura familiar também fez com que eu fosse a única provedora, então nunca me passou pela cabeça parar. Nunca foi um peso mas não tinha opção para escolha. Mas a minha relação com o trabalho foi mudando drasticamente estes últimos anos, culminando na decisão consciente de me reinventar no topo da minha carreira. Me reinventar para fazer o que realmente gosto, abrir mão de salários altos e bônuses para viver uma vida onde o mês seguinte não está garantido, ganhando menos mas com muito mais tempo. Para mim e para a minha filha, que nunca mais teve que ficar como segunda prioridade. Minha sensação de liberdade, de estar fazendo a coisa certa, no ritmo certo não tem preço. E assim ganhei qualidade…qualidade de contato, de trocas, de relacionamento. Me permitiu ser uma mãe mais feliz e mais presente. 😃☺️

Mãe: Candida Peralta – São Paulo

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Quando voltei ao trabalho no final de 2011 a Luiza estava com quase 3 anos e até aquele momento eu havia cuidado somente dela, mas faltava algo, existia um vazio que eu não conseguia explicar, ser mãe é maravilhoso, mas não é tudo, e foi preciso assumir isso para mim mesma, que o vazio só seria preenchido com o que eu fazia de melhor fora de casa, não é possível manter um lar emocionalmente saudável para uma criança com a mãe sentindo pesar em ter deixado sua carreira de lado.

Mas com a volta ao trabalho veio a culpa de deixar minha filha aos cuidados de outras pessoas para poder se ausentar durante boa parte do dia, e foi em um momento crise de neurose de mãe, após um dia daqueles, quando a Luiza olhou para mim e disse que eu era a “melhor mamãe que ela tinha na vida” que percebi que eu não precisaria fazer uma escolha, mesmo não estando o dia inteiro comigo ela era e continuaria sendo uma criança feliz!

Percebi que deixando de lamentar as horas em que estávamos separadas eu supervalorizava os momentos que estávamos juntas e é isso que realmente importa, é isso que fica. Eu sou feliz com minha carreira e transmito isso a ela, o retorno é com sorrisos, beijos e recadinhos que me dizem que estou fazendo o que é certo, para nós duas.

Mãe: Juliana Macario – São Paulo

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A maternidade é algo mágico na vida de uma mulher, mesmo tendo seus momentos de desconforto, pois o aprendizado sobre ser humano que vem com ela e a presença de uma criança em nossas vidas, compensam qualquer dificuldade.

Com a minha primeira filha foi bem complicado conciliar trabalho, criança e vida pessoal. Precisei diminuir minha jornada laborativa para meio período para dar conta de tudo, além de ter que parar minha pós-graduação em virtude da escassez de tempo, devido à correria da maternidade. Nessa época, vivia momentos de muito estresse. Somente quando ela completou dois anos, as coisas começaram a se normalizar e pude doar um pouco mais de tempo para mim.

Agora, com meu segundo filho está sendo um pouco mais tranquilo, pois não estou cometendo os mesmos erros da primeira experiência. Claro que, da mesma maneira, o tempo dedicado às questões pessoais é ainda pequeno, entretanto acredito que mais organizado por saber melhor como agir com o que aprendi anteriormente.

Quanto ao trabalho, me sinto tranquila, pois atuando na área de educação, consigo levá-los ao meu trabalho e isso facilita bastante a praticidade do dia-a-dia.

Apesar de ser bastante exaustivo me sinto muito abençoada e feliz ao presenciar cada sorriso dos meus filhos. Amo ser mãe.

Mãe: Livia Grees – Rio de Janeiro

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A maternidade me fez repensar a minha vida profissional. As minhas prioridades mudaram e consequentemente meus objetivos também. Hoje me sinto mais forte para arriscar? Estranho não? Mas ser mãe é arriscar o tempo todo. O meu dia a dia com ela não tem rotina, exige criatividade, foco, persistência, ser multiskill e muitas, muitas tomada de decisões.

Ser mãe me fez desenvolver competências em um piscar de olhos. A experiência da maternidade me trouxe um sentimento de poder. Com a Catarina, eu posso tudo! E, por ela e por mim, vou traçar novos caminhos profissionais. Aguardem novidades!

Mãe: Grazi Parente – São Paulo

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Nesse Dia das Mães com minhas filhas já adultas, me recordo das festinhas na escola que cheguei atrasada ou da impossibilidade de ficar com elas nas festinhas dos amiguinhos a tarde durante a semana, porque não podia sair do trabalho… Ficou mais leve quando me dei conta de que não seria perfeita, mas sempre tentei fazer o meu melhor. Amo meu trabalho e fiz minha carreira que também me faz feliz, e vejo que contei com gente bacana ao meu lado nessa jornada, além de muita organização e resiliência. Fácil não foi e não é, mas criei 2 mulheres independentes e cheias de vida que são minhas companheiras e a alegria da minha vida

❤️

Mãe: Valentina Vidaurreta – Uruguai

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Conciliar mi vida como mama y profesional no ha sido nada fácil, mismo que ahora estoy separada y el dia a dia resulta bastante complicado. Cuando un hijo llega a tu vida las prioridades cambian por completo, los “problemas” se relativizan y se siente un amor tan taaaan incondicional que hace que uno tenga la fuerza de seguir adelante siempre!! Amo a mi hija con todo mi corazón y también amo mi trabajo en RRHH por lo que logro conciliar ambas cosas generando una estructura de apoyo en casa, con mi familia, en el kinder y los momentos que comparto con ella son tan intensos que realmente compensa todo lo demás… Es así que disfruto de cada momento de mi vida.

Mãe: Erica Rocha – São Paulo

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Fiquei um pouco perdida na volta ao trabalho. Era tanto cansaço, sono… Aliás, não dormi direito por mais de um ano. Ia para o trabalho como um zumbi…rs

Era um mix de sentimentos. Queria voltar, conviver com as pessoas, me sentir eficiente novamente. Ao mesmo tempo me sentia culpada por deixar aquela bebe tão pequena.

Porém sempre pensei em fazer o melhor por ela. Então, amamentava pela manhã. Na hora do almoço, voltava correndo para casa. Após o trabalho, amamentava novamente e mais uma vez antes de dormir.

Não me arrependo de nadinha. Hoje sei o quanto ela me ama e se orgulha.

Mãe: Flavia França – São Paulo

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“Desde criança nunca tive a ideia romântica do casamento, ao contrário, dizia que nunca ia casar e que ia ter 5 filhos…”

O destino mostrou que eu não era dona dos meus sentimentos e acabei casando de véu, grinalda, festa e lembrancinhas e o sonho da maternidade foi sendo adiado com a luta paralela ao desenvolvimento profissional.

Nunca ninguém me disse que isso afetaria a minha carreira, mas eu sempre achei que sim, e demorei 8 anos para ter coragem de engravidar.

E sabe qual era a minha maior preocupação antes de ficar grávida? Não saber escolher roupas. … quanta inocência.

Durante a gravidez fui tomada por um pavor, um medo de que tudo corresse bem e de fato correu.

Não tive enjoos, vontades (que me arrependo ) e trabalhei até a véspera do parto.

A volta ao trabalho foi um conflito de sentimentos, ao mesmo tempo que eu queria voltar, pois amo o que faço é me sinto mais feliz e completa com isso, sentia culpa por deixar aquele bebê tão pequeno aos cuidados de outra pessoa.

Não foi fácil, não recebi retaliação na empresa, pelo contrário, consegui toda minha carteira de clientes de volta.

Mas voltaram viagens e horários que nem sempre permitem que eu esteja presente para levá lo ou busca lo na escola.

Um dia esqueci de uma reunião na escola, sai tão tarde que sequer me lembrei. Ninguém me pediu, eu simplesmente não avisei.

As mulheres normalmente tem a síndrome do “polvo” acham que podem tudo, e é difícil dizer não, quando tantos colegas estão disponíveis.

Tive que fazer concessões,   muitas noites sem dormir, e alguns anos depois mudei de trabalho para conseguir uma certa flexibilidade .

Dessa forma , vou vivendo um dia de cada vez. Feliz por não ter aberto mão da minha profissão, mas também não julgo que o faz.

Entendo que somos melhores quanto estamos felizes.

E quando meu filho me questiona, respondo : você não gosta de brincar ? Então, a mamãe ama trabalhar.

Não coloco /atribuo a ele a responsabilidade ou o peso do meu trabalho.

E vamos fazendo ajustes, tenho a sorte da família estar próxima e ajudar muito. Pai muito presente, avó. … isso não tem preço, e precisamos ser humildes para reconhecer.

Não tem manual, vivo hoje, comemoro cada conquista cada alegria, e choro, me acabo na culpa (como toda mãe, não é certo, mas é fato)

E assim a vida segue, bem mais simples e descomplicada do que eu imaginava, pelo menos até agora.

Mãe: Luciana Valansi – Rio de Janeiro

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Quando decidimos engravidar, minha carreira estava sólida, já ocupava cargo gerencial, estava feliz na empresa atual e meu relacionamento com meu marido era ótimo! Era o momento certo! Olivia chegou saudável e linda e trouxe muita felicidade para toda a família, e junto vieram, claro, as dificuldades. Mãe de primeira viagem, não sabia como lidar com tantos desafios de um ser pequenino que dependia totalmente de mim. Aprendizado mútuo, que me fez crescer como ser humano, trouxe muitas recompensas! E na volta ao trabalho, com o fim da licença maternidade, como faz? Outro aprendizado: aprender a priorizar, a se reorganizar, a flexibilizar, a ser multifuncional, ufa! Quantas calls precisei desmarcar pois Olivia chorava com cólicas e precisava acalenta-la (trabalho em home office). Sorte a minha, que minha empresa pratica a compaixão e respeito ao próximo. E que valores incríveis! E nesses momentos percebemos como os valores são importantes para os funcionários e não somente para ficarem expostos no quadro bonito na sala do RH.

Conciliar carreira e maternidade é um grande desafio para a mulher e a experiência pode ser mais branda dependendo da cultura da empresa que ela trabalha. Que nossos depoimentos possam ajudar cada vez mais mulheres a passar por essa transição de uma forma menos traumática e mais respeitosa a esse momento tão delicado que é a maternidade. Feliz dia das mães!!

Mãe: Lene Bezerra – Curitiba

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Mesmo antes da minha filha chegar, eu já estava bem incomodada com o mercado de trabalho tradicional e de como as mulheres são tratadas pelo mundo corporativo. E esse sentimento só piorou depois que me tornei mãe.

Eu acho que o mercado de trabalho é muito injusto com a mulher que tem filhos pequenos. Existe uma cobrança velada (às vezes ela é bem explicita) de que você tem que dar conta de tudo sem demonstrar nenhum descontentamento ou vai ser taxada de má profissional.

Por conta disso, depois de um ano vivendo dessa maneira, tentando equilibrar tudo, vida profissional em horário integral, filha na escola o dia inteiro e me sentindo péssima comigo mesma, resolvi mudar meu esquema.

Há quase dois anos encontrei um trabalho meio período que me permite acompanhar a minha filha, o crescimento e desenvolvimento dela e que também me dá um porto seguro para trabalhar de casa em projetos de marketing de conteúdo e produção de textos para a internet.

Sei que sou a minoria, a grande maioria das mães vivem o esquema “normal” de trabalho. Se tem uma dica que gostaria de dar é que é possível virar a mesa e ser feliz profissionalmente perto dos filhos.

E para os empresários e executivos brasileiros, abram seus horizontes com relação às funcionárias que são mães, elas não querem trabalhar menos, elas só precisam de uma carga horária mais flexível ou a possibilidade de trabalhar home office quando for necessário.

Mãe: Maura Vaz Domingues – São Paulo

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Num dia descobri que batia dentro de mim o coração de outro ser, noutro ele se fazia presente através de movimentos. Quando nasceu, ele roubou de mim meu sono, minha estética, meus momentos de descanso (e até de ir ao banheiro)! Dependente de mim para viver, entender o mundo, se comunicar e ser compreendido… e ainda por cima me machucava o peito! E mesmo assim, e talvez por tudo isso, me apaixonava a cada dia mais pelos seus sons, pelo seu cheiro, pelo seu olhar e pelo seu sorriso. O que era difícil no começo – deixar minhas rotinas para me dedicar integralmente a ele – agora parecia indispensável. Voltar a trabalhar não era um sofrimento – ficar longe dele sim… Amar meu trabalho tornou esse momento menos difícil. Com o tempo percebi que a maternidade me enriqueceu muito na compreensão das relações humanas e que trabalhar me realizava ainda mais enquanto pessoa e me tornava uma mãe melhor. O grande presente do dia das mães é, sem dúvida, a experiência de ser mãe e ter um companheiro de viagem que está o tempo todo nos mostrando algo novo!

Mãe: Elaine Liceras – São Paulo

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Sempre trabalhei fora e como o pensamento de todas as mães atuais queremos dar o melhor para nossos filho. Aquela frase constante da mães – quero que meu filho tenha tudo que eu não tive – dai trabalhamos como louca se desdobrando fazendo das tripas o coração e cada vez mais dar o que não tivemos. Não foi fácil deixar meu filho para trabalhar, mas sei que fiz o melhor pois sei que ele é feliz. Não sei se fiz o certo, mas deu certo! Tenho um filho maduro honesto e feliz. Quer saber? Faria tudo de novo, porque o amor não é estar junto o tempo inteiro mãos sim estar junto nos melhore e piores momentos. Amo muito meu filho e sei que faria o mesmo que tu por seus filhos e tenho orgulho disso, mas não foi fácil.

Mãe: Fernanda Pinheiro – São Caetano do Sul

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Então, conciliar trabalho, dia a dia e maternidade realmente não é uma tarefa fácil, porque agora não é mais só você sozinha.. Tem mais alguém que é totalmente dependente de você… Como fui mãe solteira… O trabalho era dobrado.. Então chegar em casa depois do trabalho cansada você ainda tem que se doar totalmente pra essa pessoinha que está te esperando chegar, pra brincar, fazer um carinho ou até mesmo assistir um desenho, não é fácil…(Risos), mas tudo isso é prazeroso e gostoso quando você escuta mamãe eu Te amo e recebe um beijo e um abraço… Todo esforço vale a pena…

Mãe: Flávia Lisboa Porto – São Paulo

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Para mim, mãe da Beatriz, conciliar carreira e maternidade, por mais malabarismos que sejam necessários, é uma verdadeira prova de amor: É ensinar para ela que neste mundo ela pode ser e ocupar os papéis que ela quiser. É ensinar que mesmo eventualmente ausente, eu sempre estarei disponível. É ensinar para ela que as vezes temos que fazer escolhas difíceis e que em algumas delas, vamos falhar e se falharmos, a vida continua. É se sentir ao mesmo tempo humana e uma heroína todos os dias.

Mãe: Patricia Mota – Londres – Inglaterra

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“Ser mãe é meu principal projeto. Curto cada etapa, da barriga, à amamentação ao dever de casa quando volta da escola. Quando estou com eles, até o celular sai de perto. Porque o que dedicamos TEMPO e AMOR, floresce… Eles me dão (e tiram:-) energia, me dão inspiração… É uma troca. E é assim que busco o eterno equilíbrio entre o trabalho e o grande projeto Mãe”

Mãe: Elaine Monteiro – São Paulo

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Ser mãe para mim, é algo inexplicável, você realizar o possível e o impossível. Conciliar trabalho e maternidade foi bem difícil, porque é complicado se concentrar no trabalho e ao mesmo tempo pensar nos filhos que ficam o dia inteiro longe, mas tirei de letra porque tive ajuda da minha segunda mãe Ivani Depieri.

Trabalho eles me deram, dão e sempre me darão, mas como “diz” o clichê, “amor de mãe é pra sempre, é incondicional”.

Feliz dia das Mães para todas as mães, em especial para a minha Lourdes e Ivani!

Mãe: Clicia Charles – São Paulo

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Carreira e maternidade não é nada fácil, é preciso muito equilíbrio e dedicação para conciliar as duas coisas. Ao mesmo tempo que nos sentimos bem por ter um trabalho, uma profissão, atividades fora de casa, o sentimento mais presente é a culpa, pois ficamos mais tempo no trabalho do que com os filhos. No meu caso, o que faço é realmente ser mãe quando estou com eles, dou amor, carinho, atenção, brinco, cuido, ensino, corrijo e com isso vivencio esse papel de ser mãe o qual escolhi e me sinto abençoada por ter dois filhos lindos na minha vida.

Mãe: Vanessa Lima – São Paulo

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Não teria sido a profissional que sou se não fosse mãe e não seria a mãe que sou sem a minha vida profissional, uma coisa sempre caminhou junto com a outra para eu poder desempenhar um bom papel em ambas. O trabalho sempre foi minha paixão e minhas filhas, a motivação, o combustível para seguir em frente, sem importar o tamanho do desafio.

Conciliar carreira e maternidade são tarefas árduas, mas é importante saber separar seu papel em cada uma delas, não potencializar o sentimento de culpa por falta de tempo aqui ou ali tornará tudo mais leve. Se o tempo era curto, procurei compensar com a intensidade, não apenas com a presença física, mas com o relacionamento. O legado para minhas filhas é o comprometimento, a responsabilidade e a dedicação ao trabalho que sempre vivenciaram, sem nunca deixar de dar atenção também a elas. Acredito que elas levarão isso para suas vidas pessoais e profissionais.

Mãe: Nadcha Cassiolato – México

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Ser mãe…

Eu sempre digo que sou a pessoa menos indicada para falar deste assunto.

Ele apareceu muito cedo na minha vida e fez alguns dos meus sonhos: ser a profissional mais reconhecida e presente nas mídias e viajar por todo o mundo – serem colocados para segundo plano.

Mas ele foi e é a máquina propulsora de tudo o que sou hoje e do que alcancei na minha e nas nossas vidas.

Noites acordadas cuidando para que a febre baixasse… Noites acordadas porque ele ainda não havia chegado das festas com os amigos… Outras noites acordas curtindo a balada junto com ele e seus amigos…

Dia-a-dia difícil, viagens a trabalho… O pai se encarrega… Mas de repente no meio da tarde uma ligação: “mãeeeee… Não tenho dinheiro para o ônibus…que faço?”

Compensamos com fins de semana juntos na praia…e a semana inicia e outra viajem… Mas desta vez, levo ele comigo… Enquanto trabalho ele se diverte na piscina do hotel…

Dia complicado… A escola chama, algo aconteceu e tenho que ir… Aviso o chefe e vou… Tarde no hospital de fraturas… Haja coração…cabeça e energia.

Reunião de última hora…que faço? Gabriela vai buscar ele na escola pra mim. Esta foi a primeira de muitas que, Gabriela a minha estagiária, faria isso por mim. Finalmente em casa…agradeço por este anjo que está presente na minha vida. Houveram outros, por sorte!

Que emoção …é sua primeira formatura! Deixa a escola e começa a jornada para o mundo adulto. Muitas perguntas: será que vai dar tudo certo? Como vou saber se ele escolherá a carreira correta? É ainda uma criança… E, acima de tudo, quanto mais vou gastar com tudo isso…ufa! ( não pude evitar ).

E, de repente, ele cresceu… Minha carreira nunca deixou de avançar e seguimos juntos nesta batalha de dia-a-dia, ganhando umas e perdendo outras.

Hoje sou mãe de um homem de 23 anos, lindo (não posso evitar… Hahaha), corajoso, intrépido, sonhador, sensível e humano, com um coração gigante.

Ser mãe é único para cada uma de nós mulheres e o que faz disso uma dádiva é a estória que construímos com nossos filhos: para eles e para nós,  independente ser com eles todo o tempo ou não.

Mãe: Kellin Tomaz – Curitiba

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Quando a Manuela nasceu, pude perceber como minha vida ficou melhor, cada chorinho, sorriso, algo novo dia após dia. E o cheirinho? Se quer ver uma mãe calminha e encantada, basta sentir o cheirinho do seu bebe. Este pedacinho de gente exemplifica de forma simples o que é felicidade. Você abre  mão de tudo, se anula muito no começo, mas aos poucos, começa a aprender a fazer as coisas de forma mais simples, mais objetivas, tudo pra ter mais tempo com esta coisinha linda! Voltar a trabalhar é difícil, não pelo trabalho, mas pela separação. Imagine ficar sete meses curtinho seu bebe e de repente, ficar longe durante o dia e vê-lo só a noite? Como em tudo, você só precisa de tempo para acomodar mais este detalhe da sua vida. Descobri após a maternidade que ninguém é mãe sozinha, especialmente se você deseja ser mãe e profissional. É preciso contar  com a ajuda dos outros, sem remorso, seja do seu companheiro, família, babá ou escolinha. O que importa é ter a certeza que seu bebe esta seguro, com pessoas confiáveis, assim você pode conciliar tranquilamente maternidade e carreira.  Procuro sempre me fazer presente, tornando os momentos em que estamos juntas especiais, coisas simples como brincar, passear, nas refeições e até no banho, cada minuto é único, pois tudo que seu bebe precisa, é se sentir seguro e amado, assim será normal para ele e para você, o tempo que a mamãe está no trabalho!

Mãe: Priscilla Salaorni – São Paulo

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Quando descobri que estava grávida eu fiz planos para o futuro e um deles foi trabalhar até o dia do nascimento do Miguel. Para que isso fosse possível fiz uma reflexão sobre minha rotina e conclui que teria que fazer algumas mudanças, como cuidar melhor da minha saúde, alimentação, diminuir o ritmo de trabalho (profissional), além de conhecer meus novos limites considerando a minha nova condição. Conciliar estes fatores só foi possível pois convivo e trabalho com pessoas que entenderam este meu momento, a importância de equilibrar minha mente e meu corpo para uma gestação saudável. Passados os 09 meses, com a chegada do Miguel, tudo mudou… Hoje eu atuo integralmente na profissão mais difícil e gratificante que é SER MÃE. Mais uma vez contei com pessoas muito importantes (em especial meu marido, minha mãe e minha irmã) que me apoiam psicologicamente e fisicamente para que eu tenha sucesso nesta nova carreira!

Hoje sem dúvida estou exercendo a mais bela jornada da minha vida, nela tenho oportunidades diárias de desenvolvimento e reconhecimento além de receber a melhor de todas as recompensas: o olhar puro e verdadeiro de meu filho.

Mãe: Plícia Cordeiro – Belém do Pará

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Conciliar minha vida profissional e a maternidade é meu cotidiano. Amor, foco e determinação é o que me impulsiona a seguir meus objetivos além de um excelente suporte familiar que são meus pais. Meu Dudu, é um autista muito especial, é o meu maior e melhor presente, meu pequeno mestre; e mesmo no dia a dia corrido e frenético da vida comercial procuro dar atenção, acompanhá-lo nas terapias, bem como na sua evolução. E importante: finais de semana, bem longe de e-mails corporativos; Nossos filhos precisam de um tempo que eles saibam que são só deles. Planejamento e administração são essenciais.

Mãe: Renata Guilhermoni – São Paulo

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Ah Sim… quero ser mãe! Mas agora não. Acho melhor esperar mais um ano ou dois… Quero ser promovida, ainda quero quitar o apartamento e trocar de carro antes de ter um bebê. Tudo isso pra dar mais conforto pra ele.

Era assim que eu planejava,.. Mas antes de tudo isso enjoei, fiz o teste e pirei! “Não vou dar conta! Vou ter que abrir mão de alguma coisa!”

A Marina chegou!

Ela precisava de tudo isso? Não! Precisava apenas de um peito (ou dos dois)! Sobre a promoção… aconteceu dois meses após o meu retorno da licença maternidade. E com certeza foi o melhor momento. De fato eu me tornei uma pessoa melhor e uma profissional muito melhor! Junto com a maternidade veio a resiliência, a habilidade de liderar, de planejar, de negociar, Veio a intuição, a dedicação, o coach, a vontade de ser cada vez melhor! A maternidade aflorou uma das principais competências de um profissional (eu acho!): o desejo de INSPIRAR!

Foi fácil? Não! Mas foi e continua sendo desafiador e delicioso!!! Ser melhor sempre… por mim! Mas também por ela e pra ela!

Mãe: Simone Perpétua – São Paulo

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Não é nada fácil, é preciso ser multi tarefas, e ainda sim existe uma auto cobrança muito grande, pois não damos conta de tudo como gostaríamos! A ajuda da família é essencial, e nessa hora não pode existir orgulho! Mas aquela frase clássica é realidade: espera-se que a gente trabalhe como se não tivesse filhos e que a gente cuide dos filhos como se não trabalhasse fora. A sociedade ainda está muito atrasada para entender a importância da relação mãe e filho na primeira infância. Mas a gente segue buscando o equilíbrio e fazendo o melhor que podemos para atender às necessidades dos nossos pequenos e ser a melhor profissional que podemos!

Mãe: Samara Carvalho – São Paulo

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Conciliar a carreira e a maternidade não é nada fácil, mas o que eu fiz foi ir para área comercial da empresa que tem horário um pouco mais flexível e assim consigo levar todos os dias o meu filho ao colégio, algo que acho muito importante. Chegando em casa à noite tento me dedicar mais a ele, fazendo desses pequenos momentos os melhores momentos. O importante não é a quantidade de tempo que você passa com seu filho, mas sim a qualidade do tempo quando estão juntos. Faço questão também, de todos os dias à noite ajudá-lo com a lição da escola, participando da educação e evolução dele e isso é algo que dá para ser feito independe de você estar ausente durante o dia.

Mãe: Gisele Guglielmetti – Rio de Janeiro

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Meu maior medo/preocupação era não dar conta de tudo (casa, filhas, marido e carreira) e no começo sofri muito quando vi que realmente era impossível. E lógico junto com esse dado de realidade veio a culpa. A culpa de não estar o tempo todo junto, a culpa de perder muita coisa no desenvolvimento delas e a culpa de não dar conta de tudo e precisar de ajuda. Além da culpa a preocupação em estar bem disposta no trabalho depois de uma noite mal dormida ou não dormida, de não perder prazos, de atingir resultados, etc. Hoje elas estão com 5 e 3 anos e a culpa não passou, o nível de exigência ainda é alto mas não dar conta de tudo já não é tão sofrido. Vejo o quanto é importante para elas o exemplo de uma mãe que tem uma carreira e que correr atrás das cosias que acredita. Mas também é importante que elas cresçam sabendo que não precisamos ser mulher maravilha para sermos boas mães ou boas profissionais.

Mãe: Tatiana Zonetti – Natal

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Conciliar a maternidade com o trabalho não é uma tarefa fácil não, pois ficamos com o sentimento de abandono, de má mãe, se vão cuidar direito das nossas joias, entre outras coisas…mas quando colocamos nosso filho em uma escola e a cada dia vemos o seu desenvolvimento percebemos o quanto é importante tanto para ele como para nós mães essa troca de experiências diárias, esse participar da sociedade, esse dividir com o mundo!!! Claro que nossa participação continua sendo muito importante pois somos espelhos para nossos filhos e se queremos um mundo melhor temos que dar exemplos de fé, de coragem, de amor ao próximo, de responsabilidade social com o planeta.
Para mim foi tudo muito tranquilo, pois meu filho está em uma escola que confio demais em seus métodos de ensino e em suas profissionais que ali cuidam dele como se fossem seus próprios filhos!!!
Neste mundo novo tudo tem que ser adaptado e vivido em sua plenitude!!!

Mãe: Ester Azevedo – São Paulo

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Mãe… uma escolha de amor!
Quando eu era criança adorava observar a minha mãe, perceber como ela era dona de si, resolvida… qualquer problema que para mim parecia gigante, para ela se tornava a mais simples situação da vida… Amava vê-la cozinhando, transformando alimentos em deliciosas obras de arte. Lembro-me dos seus dias de folga, tão raros, em que, ao som de Sidney Magal, dançávamos e ríamos enquanto ela cuidava dos afazeres.
A vida a levou de mim, e a saudade que sinto dela é tanta, que faz meu coração quase parar de bater! Sua presença em minha vida foi tão marcante que só consigo agradecer a Deus, pelos anos que a tive ao meu lado, suficientes para me ajudar a ser quem eu sou, por ter plantado em mim valores inegociáveis, perpétuos… Embora não haja nada que aplaque a imensa falta que ela me faz, tenho a sensação de que entendi o que ela quis me ensinar: entendi o valor da vida, das coisas simples, singelas, da família.

Comecei a trabalhar aos 17 anos, e então precisei conciliar trabalho e estudo, logo iniciaria o curso superior, embora cansada, me sentia feliz por estar cada vez mais perto dessa realização. Por razões financeiras não pude ingressar na faculdade logo após o término do ensino médio. Entretanto, aos 20 anos acontece minha primeira gestação, não gosto de dizer que não foi planejada, pois sempre a desejei. Digo que se antecipou um pouco. Precisei manter os pés no chão e segurar a onda, não estava casada, talvez precisasse assumir essa gravidez sozinha, e o pior, nem havia começado a faculdade.

Muitas hipóteses começaram a bombardear minha mente: Como vai ser agora? Devo interromper essa gestação, e resolver o “problema” ou prosseguir assumindo todas as consequências? Havia muita pressão. Decidi prosseguir, mas o sonho da faculdade ficava cada vez mais distante.

Alguns anos se passaram, e eu jamais desisti. Somente quando minha filha tinha 4 anos consegui cursar o ensino superior. E nesta loucura de trabalho e estudos, durante algum tempo, deixei sua infância na mão de terceiros, isso ainda me machuca um pouco. Mas ela adorava os dias que podia ir ao trabalho comigo, isso de certa forma a ajudava a entender minhas ausências.
Passamos por poucas e boas, vencemos! Ela é linda, determinada e sincera, as vezes fala sem pensar, mas tem se tornado uma líder! Muitas vezes parece que ela é a mãe e eu a filha.

Concluí minha faculdade a despeito de todas as dificuldades, de tantos momentos aparentemente perdidos de uma fase tão significativa da vida de minha filha.

Posso olhar pra trás e ver o quanto eu cresci, o quanto aprendi.

Hoje, sou mãe pela segunda vez, de uma menina sapeca e geniosa. Tenho meu esposo que nos encoraja e cuida. Tenho minhas conquistas pessoais, minha família unida, amo o meu trabalho e sei que nada foi em vão!

A vida é construída a partir das escolhas que fazemos, e ao escolhermos devemos estar cientes de todas as implicações!

Eu escolhi ser mãe!

Posso olhar para o passado, vivenciar o presente e esperar o futuro na certeza de que tudo, tudo mesmo, valeu a pena!

Mãe: Ivani Depieri – São Paulo

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Liguei para minha mãe, ela não tem WhatsApp, Facebook ou qualquer rede social, e fiz a pergunta para ela para saber o que ela diria.

A resposta dela foi bem rápida e objetiva.

AMOR filho, foi o AMOR. Isso fez acontecer tudo!

Verdade minha mãe….. Seu AMOR foi e é tudo!

 


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