Eu robô? Acionando o modo sobrevivência…

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Tem uma coisa muito importante na vida da gente e que todo mundo acaba deixando para depois – a vida da gente. Isso mesmo, costumamos “nos deixar para depois”, seja por conta de muito trabalho, de cuidados com a família, filhos, preocupações com as dívidas, problemas nos relacionamentos, tudo, absolutamente tudo vêm antes da gente.

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Quando perguntados sobre como anda nossa saúde, geralmente dizemos: “não tenho feito muita coisa, não dá tempo…”, ou ainda “acho que bem, faz um tempão que não vou ao médico, apesar da dorzinha aqui ó…”. Fora dificuldades para emagrecer, para dormir, quilos de remédios, transtornos mil e uma canseira que só… Final de semana então, ou queremos não fazer nada ou ficamos cansados só de pensar na criançada correndo de um lado para outro.

Sim, tem gente que prefere ficar no serviço do que com a família, pois acha que é tudo mais cansativo. É quase uma fuga. Quer a verdade? É mesmo. Trabalhar dá menos trabalho do que “encarar” a casa, a família etc. Mas também é muito mais prazeroso e traz sensação de completude.

Esta inversão de visão, de sensações, de prioridades ou foco é causada por uma tendência nossa de recompensa imediata. A gente procrastina para realizar as coisas que dão trabalho, exigem esforço ou dedicação e gostaria mesmo é de ganhar na loteria e ter uma vida sem preocupações. Fora isto, colocamos esforço em direção errada e depois, lá na frente, nos frustramos ou lamentamos a história que escrevemos.

E isto vai ficando tão intrínseco na vida que se materializa nos altos níveis de estresse, ansiedade, insônia, depressão, colesterol alto, compulsões e tudo mais que vemos por aí… isto sem mencionar alcoolismo e demais vícios. Sou totalmente a favor do momento relax, aquela descompressão programada, a válvula de escape. Mas quando isto se dá somente pelo que ataca nosso corpo (como os vícios), vai ficando complicado. “Trabalhei muito esta semana, então mereço” é a típica frase de quem busca uma recompensa. É o acionamento do modo sobrevivência, com pequenas doses de prazer para dar conta do que vem pela frente…

E onde fica a realização nisto tudo? Existe uma relação, complicada e muito pessoal, entre quatro fatores: ascensão na carreira, envelhecimento, cair na real e velocidade com que as coisas acontecem. Estes itens combinados são capazes de descrever como uma pessoa leva a vida. E minha conclusão é simples: uma coisa não leva diretamente à outra…

Não é preciso ser mais velho para ser bem-sucedido na carreira, ou então cair na real do que realmente importa para você. Muitos jovens têm tido este click logo cedo, entendendo cada vez mais o que valorizam de verdade e compreendendo o que é preciso fazer para ir nesta direção. Isto é direcionar os esforços para um objetivo e não apenas ficar vivendo e vendo a vida passar.

Lógico, também tem o fator velocidade, já que nem tudo acontece exatamente do jeito, nem quando gostaríamos. Mas a forma como lidamos com estas adversidades, saindo ou não do nosso rumo principal, também denotam como estamos levando a vida. E também a relatividade das coisas, afinal, ser bem-sucedido na carreira, não significa a mesma coisa para cada pessoa. Um quer ser presidente, outro quer ser gerente, aquele quer ter um negócio próprio, outro quer apenas ajudar o próximo. Ter uma existência marginal não te faz uma pessoa menos importante, assim como estar sob os holofotes não te transforma em alguém melhor.

Cada um de nós tem seu próprio ritmo e “capacidade de carga”. Com treino, organização e, principalmente, foco no que é relevante para você é possível mudar qualquer desempenho ou “olhar” sobre a vida. Tudo passa a ser relativo…inclusive o esforço necessário rumo ao que deseja. Estamos falando de boas decisões, as melhores que puder tomar dado determinado contexto.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Colúmbia e publicada pela Harvard Business Review, revelou que quanto o maior o salário das mulheres nos EUA, pior a percepção delas quanto à própria saúde. O que envolve basicamente número de horas trabalhadas, menos visitas preventivas aos médicos, quase nada ou nada de exercícios físicos, aumento de consumo de bebidas alcoólicas… Então ganhar mais e subir numa carreira corporativa é o começo do fim para a mulherada! Já pensou se fosse assim?

Em life coaching muito se fala da Roda da vida, que nada mais é do que um círculo representando as diversas áreas que compõe a vida de uma pessoa. No fundo, a questão importante dela é demonstrar que somos seres únicos. Não dá mais para viver dizendo que exercemos diversos papeis e que em cada um podemos ser uma pessoa completamente diferente. Nosso corpo não funciona de forma isolada e não tem “modos” para serem acionados. Até certo ponto, claro que utilizamos algumas contenções na forma como externamos o que somos em cada situação/ambiente, mas continuamos sendo a mesma coisa única.

Se você ainda não fez, já passou da hora de se colocar em primeiro lugar na sua lista. Faça o que for necessário para estar bem e são, trace seus objetivos e mantenha seu foco. Descubra qual é seu propósito maior, o que te realiza, e mova esforços nesta direção. Pode começar só com uma mudança de postura no dia a dia, como também uma virada de mesa completa.

Grandes coisas estão por vir, acredite!

Abs, e não deixe de aproveitar a vida!

Sobre a autora:

Glaucia Miyazaki – parceira RH|PM

Sou executiva e Coach com mais de 17 anos de experiência profissional no chamado “Mundo Corporativo”, atuando em cargos de liderança e diretoria das áreas de Marketing, Vendas e TI de diversas empresas mercado. Publicitária formada pela ESPM/SP, Pós-graduada em Administração e com MBA em Gestão Empresarial pela FGV/SP. Vivenciei de tudo: de pequenas familiares a gigantes varejistas, de Entretenimento a Telecom, de Start-ups a falimentares, de serviços e de produtos, de organizadas as sem muitas regras…Tenho uma abordagem mais holística sobre a gestão e seu papel e sou conhecida pela forma franca e direta de me expressar. “Quando me pedem um feed-back, já vou logo perguntando: Com ou sem açúcar?”.

Além disto sou mãe (dois lindos meninos), mulher, esposa, estou trabalhando em um livro sobre Gestão e adoro cozinhar.

Crédito de Imagem: pixabay.com

 

 


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