Maquiavel e o mundo corporativo – Uma breve introdução

“O príncipe não precisa possuir todas as qualidades, basta que aparente possuí-las”.

(O príncipe, XVIII)

A originalidade de Maquiavel se mostra por ter sido pioneiro em mostrar em sua obra “O Príncipe” como um Governo de fato é e não como deveria ser. Esta ousadia fez com que sua obra fosse proibida durante muito tempo e não raro hoje usamos a palavra “maquiavélico” como sinônimo de algo falso, ruim.

Prefiro acreditar que ele foi extremamente patriota, sagaz e realista em seus escritos e que muito do que escreveu há uns 500 anos atrás permanece atual não somente para o Governo, mas também para nosso dia a dia, afinal de contas, política está em todos os cantos. Querendo ou não, precisamos nos mostrar políticos no trabalho, com a família, amigos e nas mídias sociais para conseguirmos o que quisermos ou no mínimo para não ofender ninguém.

A frase em negrito e em itálico acima, é apenas um pequeno exemplo dessa originalidade e realidade ainda hoje tão atual. Vivemos mais do que nunca na era do “não importa ser, o importante é parecer”.

Mas afinal de contas, o que tem a ver O Príncipe com o Mundo Corporativo? E como isso pode ter alguma relevância?

Antes de escrever a sua famosa obra, Maquiavel conheceu em suas muitas viagens como diplomata, diferentes líderes e histórias até culminar em entender que a história é cíclica. Dessa forma, decidiu então repassar tais lições como o maior e melhor presente para seu príncipe, para que assim o governo de Florença se mantivesse próspero. (Quase um manual de instruções para seu governante!)

Não é segredo que a obra do escritor florentino é leitura obrigatória para políticos/presidentes justamente por mostrar a realidade, de como as coisas são e como fazer para se manter. No mundo corporativo não é diferente, você tem que estar sempre atento para chegar lá e depois se manter – caso o crescimento profissional seja seu objetivo, caso não seja, vai ser pelo menos interessante começar a perceber o jogo corporativo com outros olhos 😉

Ao longo dos próximos posts, farei um paralelo entre o famoso livro e a nossa realidade Organizacional de hoje, não somente para a liderança mas para todos aqueles que vivem neste mundo.
Listo aqui alguns tópicos que rechearão os próximos posts:

O leão, a raposa e o cordeiro.

É melhor ser amado ou ser temido?

Os fins justificam os meios?

Como um príncipe (líder) deve agir?

O que faz uma nova gestão?

 

Quer saber mais?

Stay tuned 😉

 

Letícia Klostermann

 

“Formada em psicologia, já enfrentou dragões, serpentes e o canto da sereia no meio corporativo e hoje depois da metamorfose dedica-se à Psicologia e ao Coaching (Psiquê explica!) por que também acredita no potencial de transformação das pessoas. De tão curiosa que é estudou um pouco mais de história & relações internacionais, terapia cognitivo-comportamental e atualmente filosofia.”

 

Imagem: pixabay.com


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