O Dia das Mães está aí na cara do gol

Foto_PaulaSanches copy

Inspirada pelo post que viralizou nas redes sociais nos últimos dias, em que se faz uma compilação de vários anúncios de emprego pedindo mulheres de boa aparência e sem filhos, sem filhos pequenos, enfim, sem ter nunca ter procriado ou pelo menos não recentemente, venho aqui fazer um apelo aos profissionais de Recursos Humanos.

Vamos realmente começar a celebrar esse dia aprendendo de uma vez por todas que a carreira profissional de uma mulher não é descartada na sala de parto junto com a placenta? Vamos parar de perguntar durante as entrevistas, ilegalmente por sinal, se a mulher pretende ter filhos? Vamos levantar qual a proporção de homens e mulheres nos quadros de funcionários de suas empresas e entender o por quê? Vamos trabalhar a cultura da empresa para que práticas machistas, discriminatórias e injustas sejam eliminadas?

Há quase 2 anos escrevi uma coluna aqui em que brincava um pouco com o assunto, relacionando uma série de vantagens na contratação de profissionais com filhos, especialmente os pequenos. Publico aqui o repeteco e desejo um Feliz Dia das Mães a todas e todos que bravamente encaram suas jornadas múltiplas, enquanto criam novos humaninhos supimpas que, tomara, hão de viver num mundo mais justo e acolhedor do que nós.

  • Não é só a mãe de uma criança que pode te deixar na mão, querida empresa! Geralmente as crianças têm pais também e parece, só parece, que alguns estão efetivamente comprometidos em dividir as responsabilidades sobre a criação da prole. Então pode ser que uns por aí tenham que sair no horário certo para buscar na escola, levar ao médico ou cuidar num caso de doença.
  • Uma vez com filhos, as contas são cruéis. Pode ter certeza de que ninguém no mundo valoriza mais uma colocação remunerada do que alguém com boquinhas a sustentar. O Toddynho está pela hora da morte.
  • Não existe pessoa mais capaz de realizar tarefas simultâneas e cumprir prazos do que quem cria um filho. Se você se deparar com alguém que é capaz de fazer um moleque de 6 anos fazer a lição, almoçar e se aprontar para a escola, tudo isso enquanto paga contas, apronta a lancheira e termina o freeela, CON-TRA-TE-NA-HO-RA.
  • Esse é um segredo que ninguém tem muita coragem de ventilar, mas olha, conto aqui bem baixinho: tem horas que a gente precisa de uma folga dos filhos, e poder exercer aquela atividade para a qual nos preparamos durante anos é simplesmente perfeito!

Sobre a autora:

Paula Sanches – parceira RH|PM

Formada em Comunicação Social, é do tempo em que não se tinha nem computador na firma pra todo mundo. Começou como estagiária pegando café e “tirando xerox” e seguiu pelo mundo corporativo até a empresa em que estava falir. Continuou por conta própria entre freelas e novos projetos e escrevendo umas coisinhas aqui e acolá, até que veio parar aqui para contar histórias e dar suas opiniões sarcásticas sobre o mundo corporativo, mesmo sem ninguém pedir.

Crédito de Imagem: google.com


0.00

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *