Um novo olhar para pessoas com deficiências

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No último dia 10 o Senado brasileiro aprovou o projeto conhecido como “Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência”, que prevê algumas  garantias e direitos a esses colaboradores, dentre elas uma renda extra ao trabalhador que passará a ser paga no momento da admissão. Ao ler esta nova lei a minha principal questão foi:

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O quanto as empresas realmente se preocupam com a inclusão de pessoas com deficiências no mercado de trabalho?

Acredito que há companhias que realmente assumem um compromisso mais que social, buscando criar um ambiente de igualdade entre seus colaboradores, assim como uma cultura onde todas as pessoas tem o seu potencial reconhecido e geram valor ao negócio independente de sua condição física ou mental. E há outras empresas (talvez a grande maioria), que não possuem este interesse tão genuíno e acreditam que pessoas com deficiências são incapazes de trabalhar, desenvolver e pensar, podendo até causar prejuízos, muito trabalho e problemas para seus colegas.

Baseado neste problema social, há Leis que tentam amenizar o preconceito existente e facilitam a inclusão destas pessoas na sociedade. A Lei mais conhecida entre os empresários é a conhecida como “Lei de Cotas”: “A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção”:

  • Até 200 empregados- 2%
  • De 201 a 500 empregados – 3%
  • De 501 a 1000 empregados- 4%
  • De 1001 em diante – 5%

A inserção de pessoas com deficiências no mercado depende alguns fatores:

  1. Preparo do candidato – assim como qualquer outro profissional, é preciso investir em seu desenvolvimento funcional. Hoje há muitas instituições (gratuitas e particulares) que oferecem formação específica para a área de trabalho desejada.
  2. Disposição do empregador – mais do que cumprir a legislação, as empresas precisam estar dispostas a contribuir por uma sociedade mais igualitária, adequar seus ambientes físicos, realizar programas de desenvolvimento específicos que contribuam para a formação dos candidatos, além de disseminar entre seus funcionários a importância que a diversidade traz para a cultura e crescimento da organização.
  3. Consistência de nossas políticas públicas – que têm a responsabilidade de criar melhores possibilidades e incentivos de inclusão para este grupo.

Enfim, mais do que ser “Poliana”, a ideia é trazer luz sobre a importância de estimularmos a diversidade em todas as formas dentro das organizações. Além da geração de empregos, a inclusão contribui para trazer ainda mais dignidade e sentimento de cidadão produtivo. Com o aumento das oportunidades de trabalho para este público, estamos oferecendo mais do que salário, mas a oportunidade de desenvolvê-los para crescimento constante de carreira dentro das organizações e uma geração de profissionais mais preparada para lidar com as diferenças.

 

Forte abraço.

Sobre a autora:

Priscilla Salaorni de Godoy – parceira RH|PM

Formada em Administração de Empresas com ênfase em Marketing, Pós Graduada em Psicologia Organizacional e do Trabalho, cursando Consultoria de Carreira. É Gerente de Recursos Humanos e Coach certificada pela ICF (International Coach Federation).

Crédito de Imagem: Pixabay


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