SÉRIE: Como as empresas decidem seu salário?
Parte I
O RH do Moreno entendendo que o tema salário é algo bastante sensível não só no mercado brasileiro, mas no mundo, resolveu imitar o Jornal Nacional e trazer uma série de posts sobre o tema.
Hoje a ideia é trazer um pouco a visão de como as empresas atuam ou podem atuar quando estão começando a estruturar sua estratégia de remuneração.
Pensando nisso, quem é que já não escutou que salário não é o principal fator de retenção das empresas? Talvez não seja mesmo, até porque muitas pesquisas já mostraram isso. Mas, como as empresas hoje pensam quando estão decidindo o seu salário?
Um programa de remuneração certo, precisa estar adequado com os valores e a cultura da empresa e sem dúvida, vamos combinar, que o dinheiro é direcionador de comportamentos, pelo menos é o que eu penso.
Entendo que quando uma pessoa muda de empresa, entra em greve, negocia investimentos com os bancos e até mesmo chega ao disparate de burlar leis para conseguir mais dinheiro, percebo que o dinheiro torna-se sim um direcionador de comportamentos.
E ontem mesmo, em uma reunião de amigos, por um momento eu observava, o quanto também o dinheiro se comunicava com tudo – desde a posição que as pessoas assumem nas empresas até mesmo o que você é capaz de proporcionar à sua família. Se está certo ou errado, confesso que não estou aqui para julgar, mas para a grande maioria das pessoas, o poder vem do cargo que se ocupa ou do papel que se desempenha, e claro, do trabalho que se faz e do salário que se recebe por fazê-lo.
Mas toda essa introdução é para dizer que as empresas precisam começar a enxergar a remuneração como algo bastante importante e que a remuneração precisa estar ligada às pessoas, ao desempenho individual e em equipe e à visão e aos valores organizacionais mantidos por esse desempenho.
Mais que isso, os profissionais de RH, os de remuneração e os gestores de pessoas em geral, precisam parar de ver os salários simplesmente como um instrumento de atração e retenção de pessoas, ou mais comum nos dias de hoje, retenção de talentos.
Vamos lembrar que hoje em dia, pede-se ainda mais para os profissionais que aprendam novas habilidades, que assumam mais responsabilidades pelos resultados e até mesmo que desempenhem papéis mais amplos. Também, que o trabalho em geral, está mudando e deixando de ser “mecânico” para um papel mais “intelectual”, e principalmente, que o trabalho não é mais visto como algo para a vida toda, mas como um contrato de desempenho que é renovado normalmente ano a ano.
Por tudo isso, tratar o salário apenas como uma ferramenta de retenção pode ser um tiro no pé e um problema para se atingir os resultados.
O segredo então, na minha visão, é avaliar a cultura da empresa, lincar com suas metas estratégicas e responder a pergunta: Que tipo de pessoas eu quero? O que eu quero que elas façam?
Somente depois de se ter isso claro e se contratar as pessoas alinhadas a essa estratégia adotada, é que deve-se então desenhar um processo de recompensa que traga apoio e estímulo e não seguir sistemas de recompensas que todas as outras empresas seguem, por simples moda ou tendência. Esses processos precisam ser dinâmicos e capazes de evoluir e mudar à medida que a estratégia e a empresa mude.
E você, sente que a estratégia de remuneração da sua empresa está alinhada com a estratégia do negócio?
Divida o seu sentimento aqui conosco.
Um abraço e até a próxima…