JUNIOR, PLENO E SENIOR… Afinal para que serve isto mesmo?

 

Supervisor de logística JR, gerente de marketing PL, Coordenador de operações SR… inundando currículos por aí, parece que o sentido destas classificações em muitos casos se perdeu.

Numa época em que o primeiro cargo de uma pessoa pode ser CEO de sua start up, muitas pessoas ainda têm utilizado estas denominações de forma incorreta.

Vamos relembrar. Quando estas gradações foram criadas, estavam associadas ao tempo de ‘casa’ do profissional e como as empresas eram completamente hierarquizadas, as políticas de comunicação e subordinação eram também mais rígidas, quase engessadas. Um júnior não falava com um sênior de outra área… a comunicação se dava por iguais…

Elas também procuravam traduzir o estágio de conhecimento e autonomia detido por um profissional num plano de carreira pré-determinado. Se era júnior, era praticamente um recém-formado ou com no máximo uns 3 anos de formação. Fazia as coisas mais operacionais, não tinha equipe e demandava supervisão dos trabalhos, com pouca ou nenhuma autonomia. O pleno já conseguia ter maior autonomia, realizar as atividades com reportes mais pontuais, mas não tinha responsabilidade de gestão. O sênior era o responsável pelo time, que além de autonomia e conhecimento, respondia por uma área ou operação.

Mas com as mudanças do mercado, globalização, compartilhamento, horizontalização, etc., muitos outros novos formatos de empresas foram surgindo e com elas novos cargos e novos critérios.

Algumas empresas criaram sua própria política de crescimento, uma vez que plano de carreira passou a ser uma denominação que não traduz o espírito e busca das novas gerações em sua ‘estada de trabalho’. Além disso, surgiram as carreiras em Y, os especialistas que não têm subordinados, mas podem trabalhar com times em projetos.

Então, Jr, Pl e Sr morreram? Não exatamente. A questão principal é que elas carregam consigo uma conotação de identificação de conhecimento, de bagagem. Não dá, por exemplo, para um recém-formado se apresentar como Gerente de SEO* Sr, ainda que ele seja o bam-bam-bam no assunto. Se ele for mesmo a última bolacha do pacote em termos de SEO, é bem provável que a empresa que o contratou mude sua denominação de cargo para Head ou algo assim. Isso se ela tiver cargos!

Mas no meu currículo ainda tem estas letrinhas?! Não se desespere, muitas vezes ela ajuda a dar a tal gradação, principalmente quando falamos em promoções dentro de uma mesma empresa em que você tenha passado um período maior. Pois no fundo, estas classificações tentam traduzir bagagem de experiência, não exatamente temporal, mas funcional. Se não for este o caso, pode omitir as siglas, pois a descrição da sua experiência profissional já cumprirá este papel.😉

 

*SEO – Search Engine Optimization

 

Abs e não deixe de aproveitar a vida!

 

Sobre a autora:

Glaucia Miyazaki – parceira RH|PM

foto

Sou empreendedora, executiva e Coach com mais de 20 anos de experiência profissional no chamado “Mundo Corporativo”, atuando em cargos de liderança e diretoria das áreas de Marketing, Vendas e TI de diversas empresas mercado. Publicitária formada pela ESPM/SP, Pós-graduada em Administração e com MBA em Gestão Empresarial pela FGV/SP. Vivenciei de tudo: de pequenas familiares a gigantes varejistas, de Entretenimento a Telecom, de Start-ups a falimentares, de serviços e de produtos, de organizadas as sem muitas regras…. Tenho uma abordagem mais holística sobre a gestão e seu papel e sou conhecida pela forma franca e direta de me expressar. “Quando me pedem um feedback, já vou logo perguntando: Com ou sem açúcar? ”.

Adoro tecnologias, inovação, sou mãe (dois lindos meninos), mulher, esposa e adoro cozinhar.

Crédito de Imagem: pixabay.com


5.00

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *