Herrar é umano… mas na empresa pode?

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Nesta conversa, o intuito não é rotular ninguém. Lógico que muitas pessoas já perderam oportunidades de emprego e até promoções por conta dos erros de português cometidos. Mas vamos combinar, pouquíssimos seres nesta terra dominam a língua com proficiência, e muitas vezes, pela correção de sua fala, parecem estar falando constantemente errado. Os demais, singelos mortais, cometem lá um erro ou outro, seja na escrita, seja na língua falada.

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Isto de forma alguma deve ser considerado como apologia ao erro, é apenas uma forma de chamar a atenção sobre a nossa própria capacidade de sair julgando e rotulando tudo e todos por aí. Conheci pessoas maravilhosas, inteligentes, perspicazes, mas que escorregavam no português ao falar. Vício de linguagem, não aprenderam corretamente – Vai saber o porquê disto…Continuavam maravilhosas, mas certamente foram, em algum momento, julgadas.

Também vamos considerar que muito do chamado “ensino” passa longe disto. Basta ver alguns exemplos nas provas da OAB: “perca do praso”, “prossedimento”, “fasse”, e para muitos formados exercendo suas atividades por aí.

E pós-reformas ortográficas, a gente volta a ser inculto, a ter que reaprender, ou aprender de uma vez por todas algo. A verdade é que alguns vícios, ou preferencias, continuam lá, firmes e fortes… E a tecnologia? A gente meio que “emburreceu” com o uso dos corretores.

Em termos de comunicação, se eu falei e você entendeu, a mensagem foi transmitida, então está tudo certo. Para que ficar corrigindo o português? Convenção. Queira você ou não, a imagem que transmite é formada de várias coisas, dentre elas, a forma como você fala. A bendita norma culta…

Mas é difícil aprender a gramática: “pronome oblíquo que assume função de objeto indireto”, “verbo defectivo”… Pânico! É o mesmo que ouvir grego… Então, pelo menos, olhe a listinha básica abaixo, e se policie. Certamente será um bom começo:

ISTO É PARA MIM FAZER?

Mim não é índio, mim não faz nada. Uma dica simples, válida para a grande parte dos casos, é pensar assim: “Falou mim, não pode dizer nada depois”. Então, “ISTO É PARA EU FAZER?”.

Mas, “É MUITO FÁCIL PARA MIM FAZER OS RESUMOS DOS LIVROS” está certo. Sem falar na regra, é só inverter para ver que não há nada depois do mim: ”FAZER OS RESUMOS DOS LIVROS É MUITO FÁCIL PARA MIM”. Captou?

MENAS GENTE / MENAS COISAS

MENAS não existe, nunca e pronto. É só lembrar disto. Então MENOS dinheiro, MENOS coisas, MENOS cerveja, MENOS queda, MENOS rugas.

MEIO / MEIA

Geralmente usamos incorretamente quando queremos expressar o sentido de “um pouco”.

´estou MEIA enjoada´, ´fiquei MEIA dolorida”. Com este sentido, use sempre MEIO.

Meia você usa para falar de porções como: meia hora, meia xícara – ou só para pôr no pé, ok?

VOU ESTAR FAZENDO

O famoso gerundismo. Parece enrolação. Economize verbos e ganhe pontos. FAREI.

OBRIGADO / OBRIGADA

Se você é homem: OBRIGADO. Se é mulher: OBRIGADA. O agradecimento concorda com quem fala e não para quem se fala…

FAZEM DOIS ANOS QUE ESTUDO INGLÊS

Sempre que for tempo que passou use o FAZ. FAZ dois anos que estudo inglês.

VAMOS FAZER UM CURSO GRATUITO

Se você falou GRATUÍTO, errou. O correto é dizer GRATÚITO, como se houvesse um acento no U, marcando a sílaba forte.

NÓS VAI / A GENTE VAMOS

Quando falamos “NÓS”, há mais de uma pessoa. Quando falamos “A GENTE”, também. Mas, neste caso, o sentido é de TURMA, GRUPO, que é como uma coisa só. Então, “NÓS VAMOS”, “A GENTE VAI”.

Ah, última dica. Não corrija os outros em público. Isto é ostentação linguística, bullying, constrange a pessoa mais do que ajuda. E olhe seu próprio telhado. Todo mundo comete erros de alguma natureza 😉

Eu ainda tenho saudades do trema. Simpatizava com ele, bonitinho…

Abs, e não deixe de aproveitar a vida!

 

Sobre a autora:

Glaucia Miyazaki – parceira RH|PM

Sou executiva e Coach com mais de 17 anos de experiência profissional no chamado “Mundo Corporativo”, atuando em cargos de liderança e diretoria das áreas de Marketing, Vendas e TI de diversas empresas mercado. Publicitária formada pela ESPM/SP, Pós-graduada em Administração e com MBA em Gestão Empresarial pela FGV/SP. Vivenciei de tudo: de pequenas familiares a gigantes varejistas, de Entretenimento a Telecom, de Start-ups a falimentares, de serviços e de produtos, de organizadas as sem muitas regras…Tenho uma abordagem mais holística sobre a gestão e seu papel e sou conhecida pela forma franca e direta de me expressar. “Quando me pedem um feed-back, já vou logo perguntando: Com ou sem açúcar?”.

Além disto sou mãe (dois lindos meninos), mulher, esposa, estou trabalhando em um livro sobre Gestão e adoro cozinhar.

Crédito de Imagem: Pixabay


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