Sem educação não há solução!

Após uma semana bastante tensa no que se diz respeito a discussão sobre a aprovação do projeto de lei que autoriza o trabalho terceirizado de forma irrestrita para qualquer tipo de atividade, fiz uma pesquisa rápida na internet, claro mais focado em posts de amigos e amigos de amigos, e pude constatar que a grande reclamação é sobre a perda que os trabalhadores vão ter a partir de agora com essa nova forma de trabalho.

Não quero discutir aqui se a lei vai dar certo ou não, se sou contra ou a favor, até porque sou da opinião que as vezes temos que tentar algumas alternativas diferentes. E se o governo está oferecendo essa, minha opinião é – tomare que façamos o melhor com isso.

Mas o que queria colocar apenas em pauta aqui é o seguinte:

Se hoje estamos amparados com uma CLT tão moderna e que protege tanto nós trabalhadores brasileiros, por que é que o tipo de coisa que escrevo abaixo não para de acontecer?

Cade nossos direitos?

Meu último mês de trabalho:

Cliente 1 – funcionário CLT de uma consultoria bastante renomada, considerada uma das TOP 3 ai do mercado.

  • Não ganho as horas extras de maneira devida, pois a regra da empresa é que após uma quantidade de horas que você faz por dia, você registra e volta a trabalhar, mas depois não conta mais. Isso vale também para quando trabalha-se sábado e até domingos. Mas isso é comum cliente? Sim! E muito, responde ele. Especialmente no fim de cada mês.

Cliente 2 – dono de uma empresa de pequeno porte, com 25 funcionários.

  • Esses dias me ligou desesperado me perguntando o que podia fazer com um funcionário que decidiu que queria ser desligado para que pudesse ganhar “os direitos” dele. Então, começou a fazer corpo mole, faltar e levar atestados e sempre declarando que não queria mais trabalhar na empresa e queria ser desligado. O cliente, com a crise, não tinha condições de desligar o funcionário naquele momento e até sugeriu um acordo com o bom moço, mas o mesmo estava irredutível. O que aconteceu? fez um super esforço e então desligou o rapaz. Na despedida? Uma ameaça a vida da família do micro empresário caso não pagasse alguns extras que o mesmo acreditava ter direito.

Cliente 3 – funcionária de multinacional de bens de consumo de grande porte

  • Em tempos de crise, nada de viajar durante o horário de expediente. Se a passagem aérea para o Norte do Brasil é mais barata indo no sábado, assim deve fazer. Refeição e hotel pago pela empresa? Que nada! Liga para seu chefe e veja se ele tem um quarto sobrando na casa dele para que você fique por lá. E quem cuida do meu filho no final de semana? De um jeito de deixar com alguém da sua família, será que não é possível? Resultado: Na crise, pedido de demissão realizado!

E posso garantir que essas histórias que escutei apenas no último mês de trabalho, se repetem muito e muito sempre.

Sem contar os casos de assédio, discriminação e tantas outras coisas que vemos por aí.

E não tenho a menor dúvida que você também já deva ter escutado algo parecido ou até pior não é mesmo?

Acho que o que está faltando para muitos de nós brasileiros é vergonha na cara e até mesmo educação. Uma coisa é muito certa – enquanto vivermos e amarmos o jeitinho de fazer as coisas para levar vantagem em tudo, não existe lei nenhuma que nos coloque limites!

Eu ainda tenho vergonha de muita coisa que vejo e escuto!

SEM EDUÇÃO NÃO HÁ SOLUÇÃO!

Um abraço e até a próxima…


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