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Pontualidade pode custar muito caro no mundo corporativo. O atraso afeta sua credibilidade como gestor e pode impactar diretamente o desempenho de suas atividades.

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Ser pontual não é apenas ser mais organizado, é respeitar o tempo do outro e ele como indivíduo. E se o seu tempo é dinheiro a máxima é recíproca para o próximo… Quando se vive num grande centro, por exemplo, o trânsito não pode ser justificativa para os atrasos. Sabendo disto, saia mais cedo.

Aqui fica uma dica: para você não se atrasar, pare de considerar o horário que deve chegar ao compromisso e passe a considerar o horário máximo que deve sair para ele. Assim, não ficará mais uns minutinhos fazendo algo extra, pois ‘dá tempo de chegar às 9h’. Se tiver que sair às 8:15, este deve ser o horário máximo e ponto final. Fazendo isto, vai perceber como seu primeiro atraso do dia diminuirá e consequentemente terá um início de jornada mais produtivo e pontual e um dia mais “eficiente”.

Isto é outro ponto muito importante: pontualidade afeta produtividade. Imagine uma pessoa que sempre entra atrasada nas reuniões e todos da empresa ficam lá, esperando por ela. Isto não a torna mais importante e acaba afetando os compromissos de todos os presentes e, consequentemente, a agenda do dia de todos.

Nem sonhe que as pessoas não percebam ou não ligam sobre a sua impontualidade. Tinha que ser igual missa, missa das 10, começa às 10 e não igual casamento. As noivas que me perdoem, mas atrasar, ainda que 10 minutos, não tem nada de elegante…

Infelizmente, esta coisa de não pontualidade está meio intrínseca no nosso jeito brasileiro de pensar. Acabamos colocando o ‘atraso’ nas nossas previsões de chegada aos compromissos, considerando que ‘o outro vai atrasar mesmo’. E de forma sistemática, todos fazendo isto, geram uma espécie de atraso coletivo, aquele atraso compartilhado e aceito por vários. Tem que ser assim?

Uma vez em Londres, famosa por sua pontualidade britânica, ia pegar um ônibus que sairia no horário programado das 17:53. Achei até engraçado o 53 ao invés de 50, mas por via das dúvidas, cheguei às 17:30. Lá estava o ônibus com as portas abertas e o motorista olhando o relógio da estação enquanto aguardava as pessoas entrarem. Só quando o relógio deu os exatos 17:53, ele fechou a porta e saiu para a viagem. Funciona! Bom para quem usa, que consegue se programar corretamente, bom para quem trabalha, que consegue cumprir a viagem o número de vezes prevista.

O jeitinho brasileiro faz a gente pensar que o nosso atraso é sempre mais explicável que o dos outros, que a nossa impontualidade é justificável, como se tivéssemos mais direitos que os demais ou como se o tempo do outro não fosse importante.

Já estive em uma empresa na qual um funcionário que chegasse 10 minutos atrasados para uma reunião, deixaria R$ 5,00 num vaso. Era uma espécie de punição acordada entre os participantes para diminuir os atrasos constantes. Nem preciso mencionar tanta contribuição rendeu almoços e happy hours. Isto porque estar atrasado é um hábito, um comportamento ruim, mas que pode ser alterado, basta treiná-lo.

Em reuniões, por respeito a quem chegou no horário, comece-as pontualmente. E as termine também no horário…

Pontualidade está intrinsicamente ligada à sua forma de gestão, à entrega dos projetos e atividades. Se você já vislumbra problemas para entregar algo, ao invés de ir juntando explicações que dará para justificar o atraso, dê visibilidade logo – bandeira amarela, alerta!, e tente pensar num plano para mitigar o impacto desta impontualidade. Antecipando ocorrências, você tem mais tempo para planejar um outro caminho ou até pedir ajuda para reverter a situação.

A pontualidade é mais que uma característica, é uma forma de levar a vida. Suas contas estão sempre atrasadas?  Você nunca chega nos compromissos no horário? Você sempre precisa fazer algo antes do evento programado como encher o tanque, etc? Isto causa mais estresse, dá impressão que está sempre correndo atrás do rabo e que nunca tem tempo para nada.

Mulheres que se maquiam no carro, homens se barbeando. Vez ou outra, relevemos, acontece de perdermos a hora, mas de forma constante é falta de organização. Novamente: o atraso não pode ser um hábito.

E o reflexo natural:  que é pontual tem mais chances de crescer profissionalmente pois inspira confiança, respeito e compromisso.  Ela foi tomar um café? Saiu para fumar? E os outros com isto? Lembre-se, seu atraso não é mais justificável que o do outro.

Pior que atrasar ou faltar é não avisar. Tem gente que acha que basta dizer ‘não deu’ para tudo ser relevado. Você precisa pensar no transtorno que causará – ou que já causou.

E se você é gestor lembre-se de dar o exemplo. Se o chefe atrasa sempre, os funcionários, com o tempo, também vão se achar no direito de atrasar. E que tal ficar esperando seus funcionários para começar uma reunião?

Eu fazia de tudo para chegar no horário. Não me surpreendi quando muitos começaram a ficar sem jeito de me deixar esperando. Exemplo é tudo, funciona com os filhos e com os funcionários.

E se pontualidade for considerado como rigidez, compulsividade ou neurose, então sou completamente neurótica. Afinal, eu não quero chegar atrasada para minha vida, você quer?

 

Abs,

 

E não deixe de aproveitar a vida!

 

Sobre a autora:

Glaucia Miyazaki – parceira RH|PM

Sou executiva e Coach com mais de 17 anos de experiência profissional no chamado “Mundo Corporativo”, atuando em cargos de liderança e diretoria das áreas de Marketing, Vendas e TI de diversas empresas mercado. Publicitária formada pela ESPM/SP, Pós-graduada em Administração e com MBA em Gestão Empresarial pela FGV/SP. Vivenciei de tudo: de pequenas familiares a gigantes varejistas, de Entretenimento a Telecom, de Start-ups a falimentares, de serviços e de produtos, de organizadas as sem muitas regras…Tenho uma abordagem mais holística sobre a gestão e seu papel e sou conhecida pela forma franca e direta de me expressar. “Quando me pedem um feed-back, já vou logo perguntando: Com ou sem açúcar?”.

Além disto sou mãe (dois lindos meninos), mulher, esposa, estou trabalhando em um livro sobre Gestão e adoro cozinhar.

Crédito de Imagem: Pixabay