Coloque limite na brincadeira dos outros

Hoje a nossa super colunista do Limão Corporativo trouxe um post muito interessante sobre assédio moral – ISSO NÃO É BRINCADEIRA. Em forma de historietas, como ela chama, Paula conseguiu traduzir bem como um chefe pode expor seus funcionários de maneira prolongada e principalmente repetitiva a situações vexatórias, humilhantes e muitas vezes constrangedoras.

Quando o assédio começa, as pessoas ficam desestabilizadas, começam a perder o foco, o desempenho fica comprometido, faltam mais que o normal, e a situação mais comum nesses momentos é o pedido de demissão. Muitas vezes a desestabilização emocional é tão grande que o indivíduo não consegue pensar em mais nada, a não ser, querer se livrar logo do emprego.

Importante apenas destacar que nos exemplos que a Paula trouxe, os casos ocorreram de superior para subordinado, porém, se caracteriza assédio também de maneira contrária – subordinado para superior, entre colegas de trabalho e até o que é chamado de mista – superiores, colegas e/ou subordinados.

Em nossa cultura, nunca houve uma preocupação grande com esse tipo de situação. Como alguns infelizmente ainda dizem – nossa que frescura que é hoje, no passado não tinha essa história de assédio, as pessoas aceitavam mais as brincadeiras. Hoje, tudo não pode e tudo é preconceito.

Para mim isso tudo não passa de uma grande desculpa para que se continue atacar o próximo, afinal de contas, quem já sofreu com humilhações sabe exatamente a dor que é e a dificuldade que muitas vezes se tem para enfrentar algumas situações.

Grosserias e barbáries têm limites!

E posso dizer que tem mesmo, e o Brasil está mudando. Segundo uma reportagem de 2014 do Jornal Hoje, em 2013, registraram-se mais de 3.600 casos de assédio em todo o Brasil, sendo que as principais vítimas são mulheres, principalmente as grávidas e mães solteiras, pessoas mais velhas, obesas e negros.

Outra prova de que realmente isso está mudando, é só você ir até o Google e pesquisar por empresas que já tiveram que pagar fortunas por ações relacionadas a assédio moral, facilmente você verá empresas como Brasil Kirin, Wal Mart, Ambev, Bancos, sim muitos bancos e muitas empresas familiares.

Por isso, se você está passando por isso ou se deparar com essa horrorosa situação, saiba o que você pode fazer:

  • Fale sobre o assunto diretamente com quem está causando o dano, é muito possível sim que a pessoa não se dá conta do que está fazendo.
  • Em empresas familiares onde o dono está provocando o assédio, o melhor a fazer é reunir provas (testemunhas, e-mails e/ou outros documentos que possam servir e provar os ataques.)
  • Algumas empresas, normalmente grandes e/ou multinacionais possuem canais de reclamação onde investigações são feitas e providencias tomadas. Muitas vezes você não precisa nem se identificar.

E a dica aqui é, se você realmente está disposto a entrar com uma ação trabalhista, procure um bom advogado e certifique-se que você tem em mãos provas boas o suficiente para tal processo, caso não, a possibilidade do juiz não aceitar seus argumentos é bastante grande.

Um abraço e até a próxima…

 

Crédito de imagem: Pixabay.com


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